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  1. Entrevistas... feirantes de artesanato!

    terça-feira, 18 de setembro de 2012

    Bom, queridos leitores, a alguns meses atrás a equipe de produção do blog fez algumas entrevistas sobre conceitos de saúde com Feirantes de artesanato da Região Administrativa de Taguatinga. Certo! Eu sei que o blog é sobre Ceilândia, mas vamos postar aqui por fazer parte do nosso trabalho acadêmico e também porque através desse trabalho tivemos a chance de comparar a população da Ceilândia com os entrevistados de Taguatinga. As diferenças vieram na forma em como os entrevistados responderam, a população da Ceilândia foi bem participativa nas inúmeras vezes em que as entrevistamos, sempre falavam abertamente, faziam comentários e sempre respondiam além do que se esperava, sempre prestativos. Já com os entrevistados de Taguatinga foi bem diferente, eles eram mais receosos e alguns nem queriam responder as perguntas.  Bom, está aí o nosso relatório! Boa Leitura!!





    Relatório  

    Dentro da imensidão de grupos a serem escolhidos para entrevistas, foi selecionado a coletividade de feirantes, por serem indivíduos considerados do povo que convivem diariamente com um grande número de pessoas e consequentemente carregam uma bagagem de informação bem extensa, mas acima de tudo escolheu-se fazer com um grupo específico de feirantes, aqueles que se dedicam ao artesanato, pois acredita-se que além de serem artistas bem conceituados que poderiam acrescentar conteúdo surpreende a pesquisa, ofereceram uma oportunidade aos estudantes de conhecerem seu ambiente de trabalho.
    Durante e após as entrevistas foram analisados os conceitos de saúde e doença do grupo escolhido. Notou-se que todos os entrevistados apresentam uma padronização desse conceito, ou seja, todos afirmaram que ter saúde consiste na prática de exercícios físicos e boa alimentação, no entanto nenhum deles é adepto a prática diária desses hábitos devido ao dia a dia atribulado, o que evidencia a necessidade de renda acima de uma boa qualidade de vida.
    Uma das perguntas foi a respeito da prevenção de doenças, em geral os entrevistados só vão ao médico quando já apresentam algum sintoma de doença, além disso, houveram muitas críticas relacionadas ao sistema público de saúde, e a maioria culpou o governo da alta incidência de algumas doenças, o que de acordo com a analise feita pelos estudantes não é um argumento cem por cento válido, pois a prevenção de doenças depende não só do governo mas também de cada indivíduo.
    Outro ponto mencionado foi em relação a tratamentos alternativos, como uso de ervas, chás, remédios homeopáticos entre outros, e todos os entrevistados utilizam e acreditam no poder de cura desses recursos, no entanto concordaram que se há descoberta de uma doença mais grave, logo necessidade de remédios alopáticos, não há resistência em realizar o tratamento de forma correta.
    Um ponto complementar, mas não menos importante foi a respeito da doação de órgãos, a resposta dos entrevistados foi considerada surpreendente, pois nos dias atuais espera-se que as pessoas já tenham uma opinião mais favorável a respeito desse assunto, no entanto todos os entrevistados manifestaram opinião contrária à doação, a maioria utilizou como argumento o fato de que cada um tem seu corpo e assim sendo deve respeitá-lo.
    A experiência do trabalho foi considerada válida por todos os integrantes, é fundamental para formação que se tenha contato com pessoas que integram a sociedade e tem opiniões formadas a respeito desses conceitos de saúde e doença, que são tão importantes para a vivência. De acordo com o grupo o saber popular é tão importante quanto o saber científico, mas muitas vezes não tão valorizado. Acredita-se que saúde não se refere somente à individualidade, mas também a coletividade.


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